quinta-feira, 27 de junho de 2013

(Novamente) Acerca da má educação das pessoas

Ainda me lembro, como se fosse hoje, das situações em que falava com alguém, sobretudo desconhecido, e não dizia "olá", "obrigada" ou "por favor", e a minha mãe e o meu pai me repreendiam, e diziam que era falta de educação. Tantas vezes fizeram isso que eu aprendi a ser educada, e a dirigir-me às pessoas com respeito e gentileza. Nunca me disseram que era preciso estar a sorrir de orelha a orelha, disseram-me apenas que há o mínimo de cordialidade, e que mais do que demonstrar respeito pela pessoa com quem estávamos a falar, demonstrava que éramos pessoas bem educadas.
Não sei o que se passa com as pessoas hoje em dia, que já ninguém liga a estas coisas. Não tiveram pais que os ensinassem como os meus?
Pior ainda é quando somos recebidos assim por pessoas que nos estão a prestar um serviço. Já por várias vezes fui a sítios em que os empregados pareciam estar a fazer um frete para me atender. Bem sei que estamos em crise, e talvez, por exemplo, servir às mesas não seja o sonho de qualquer pessoa, mas estão ali a trabalhar, estão a prestar um serviço e a representar o seu local de trabalho. Pelo menos eu não tenho vontade de voltar a um sítio onde fui mal atendida.
Já por várias vezes fui ao Kaffa, em Telheiras, e quase que tive que implorar para ser atendida. Para além de esperar imenso tempo para que venham à minha mesa, mesmo que aquilo esteja vazio, sou tratada como se me tivessem a fazer um favor, nem um simples "boa tarde", nada. Já tive que pedir que me limpassem a mesa porque aquilo estava um nojo, porque eles não são capazes de olhar para as coisas e ver se está tudo nos conformes. No outro dia fui aos Meninos do Rio, ao pé do Cais do Sodré, e a empregada que me atendeu, para além de não ter o mínimo de educação, quando eu pedi um sumo e uma tosta mista, diz-me com um ar muito enjoado que já não devem ter tostas, e nem me apresenta outra opção. Não deve ter vontade de ganhar dinheiro, com certeza. Depois disse que ia ver se havia, mas nunca mais disse nada. E quando pagámos, só passado imenso tempo é que trouxe o troco, porque disse que se esqueceu, e então tira o dinheiro do bolso de trás das calças, dá as notas e moedas ao meu namorado tudo embrulhado e diz-lhe para confirmar se está certo. Oi?! Really?... Nenhum destes sítios é propriamente barato, e acho que sou muito mais bem tratada na tasca ali da esquina.
Não percebo isto, juro!

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