quarta-feira, 7 de maio de 2014

Let's be green! # 4

Se há coisa que me deixa indignada, incrédula mesmo, é como é que há tanta gente, muita até com formação e acesso a toda a informação possível, que acha que a história do aquecimento global é treta e que essas questões do ambiente é para gente maluquinha, coitados, uns gajos que gostam muito de bichinhos e plantinhas e que não têm mais nada que fazer da vida senão andar a dizer às pessoas que o planeta está mal de saúde. Antes costumava achar que talvez esse tipo de pessoas nunca tivesse tido quem lhes explicasse as coisas tal como elas são, mas hoje acho que são só mesmo burras, porque a verdade está todos os dias, escarrapachada nas nossas caras.
Caros amigos, vamos cá ver uma coisa: se as coisas continuarem como estão, é mais que certo que daqui a uns anos não vamos conseguir sobreviver neste planeta. O planeta vai continuar cá, muitas formas de vida talvez também. Nós é que não. Acham que precisam imenso de andar de cú alapado de carro para todo o lado? Muito bem, talvez daqui a uns anos também consigam não respirar, porque o ar vai estar demasiado poluído para tal.  Não vêem problema nenhum em utilizar fertilizantes e pesticidas químicos na agricultura? Talvez daqui a uns anos também não vejam problema nenhum em não haver água potável, visto que esta vai estar toda contaminada, ah, e também não se devem importar de ter todos cancro, depois de ingerirem tanta porcaria. Acham muito bem a desflorestação da Amazónia, tantas árvores ali a ocupar espaço para quê, quando se podiam construir mais casas e resorts? Depois não se admirem que estejam 35º em Janeiro e que o nível do mar suba tanto que grande parte de Portugal desapareça.
Caros amigos, eu já nem vou pregar aquela lenga lenga de que o Mundo não é só nosso e que temos que o preservar para o bem de todos. Como é tão difícil para vocês perceberem, eu digo-vos antes assim: se isto não mudar tudo, quem se vai lixar somos nós. E quando digo lixar, não é apanhar escaldões no verão por causa do buraco da camada de ozono. É quinar. Desaparecer da face da Terra. Puft, já fomos. Mas antes que isso aconteça, acreditem, vamos sofrer muito.
Há coisas que não dependem do cidadão comum. Os governos têm que criar mais legislação, porque infelizmente a maior parte das empresas só vêm cifrões à frente e estão-se nas tintas para o mal que fazem ao ambiente. Mas há muita coisa que podemos fazer. Em vez de ir cada macaco no seu carro, todos os dias para o trabalho, podem fazer car sharing, ou andar de transportes, ou melhor ainda, de bicicleta ou mesmo a pé se possível. Podemos reciclar. Podemos fazer compostagem para aproveitar os desperdícios orgânicos que produzimos em nossas casas diariamente. Podemos ter atenção ao que compramos todos os dias, e em vez de trazermos quarenta embalagens de plástico, comprarmos produtos avulso, ou em embalagens recicláveis. Podemos deixar de ser calões e em vez de utilizar talheres e pratos de plástico, lavarmos os de louça. Podemos deixar de deitar óleos pelo esgoto e depositá-lo num oleão. Podemos passar a utilizar produtos de limpeza e de higiene ecológicos. Podemos deixar de ser tão consumistas. De desperdiçar tanto. Podemos fazer tanta coisa. E podemos, acima de tudo, preocupar-nos com estas questões. Ser activistas, exigir aos nossos governos que actuem, que parem este processo de destruição e que o tentem reverter. Podemos lutar, todos juntos, pelo bem da única casa que temos.
Falta menos de um mês para o Dia Mundial do Ambiente. Eu já aceitei o desafio de viver uma vida mais sustentável, reduzindo a minha pegada ecológica e tentando optar por produtos ecofriendly. E vocês, o que é que vão mudar?



















Sem comentários: